Home Cultura BeloriNews entrevista diretora artística do Festival de Arte Negra (FAN BH)

BeloriNews entrevista diretora artística do Festival de Arte Negra (FAN BH)

by Gabriel Barros

No próximo sábado, dia 4 de dezembro começa Festival de Arte Negra (FAN BH), um dos maiores festivais da América Latina. Serão nove dias de muita criação, alegria, intercâmbios artísticos e apresentações gratuitas para todo o público da cidade. “Muvuca de Pretuntu” é o tema do festival deste ano, que contará com encontros de criações inéditas por parte dos artistas, grupos e coletivos participantes, além da diversidade do tradicional Ojá – Mercado das Culturas, ações formativas, reflexivas e intervenções urbanas no espaço público de Belo Horizonte. O FAN é parte integrante da política pública de cultura do município e teve sua primeira edição em 1995, durante as celebrações do tricentenário da morte de Zumbi dos Palmares, herói nacional e símbolo da resistência cultural da população negra do Brasil. Para entender um pouco mais sobre o Festival, o BeloriNews entrevistou a diretora artística edição do Festival, Aline Vila Real, diretora de Promoção das Artes da Fundação Municipal de Cultura.

BeloriNews – Por que o FAN não aconteceu na semana da consciência negra?

Aline Vila Real – O Festival de Arte Negra de Belo Horizonte (FAN BH 2021) é parte integrante da política pública de cultura do município e é um dos maiores eventos dedicados à arte e à cultura negra na América Latina. Dentro do conjunto de projetos realizados pela Fundação Municipal de Cultura, o FAN BH é o de maior visibilidade na valorização da arte negra, não sendo o único.

Durante o mês de novembro de 2021, o Circuito Municipal de Cultura apresentou atrações que celebram a Semana da Consciência Negra, com apresentações musicais, artes visuais e ações formativas, ocupando centros culturais, teatros e museus. Realizou o Circuito Hip Hop, com foco na juventude. A proposta foi promover, ao longo do mês de novembro, encontros em via de mão dupla, integrando ações em equipamentos públicos da região central e também nos centros culturais da Fundação Municipal de Cultura.  Três espaços recebem as ações: o Centro Cultural Urucuia, no Barreiro, a Casa Hip Hop, no Taquaril, e o Teatro Marília, no centro da cidade. Houve por exemplo, a primeira etapa da Batalha de MCs.  

BeloriNews – O que o público pode esperar do FAN?

Aline Vila Real – A décima primeira edição do FAN BH propõe com muita responsabilidade – observando todos os protocolos de combate à Covid-19 vigentes em Belo Horizonte, o retorno das ações presenciais dos festivais realizados pela Fundação Municipal de Cultura. Com o tema “Muvuca de Pretuntu”, o FAN BH terá, ao longo de sua programação, artistas de diferentes estados e também do exterior, mas que vivem atualmente no país. O festival busca referências na cultura Bantu para promover uma série de criações coletivas, as Muvucas Artísticas, com diferentes linguagens integradas. O público pode aguardar lindos encontros artísticos e grandes apresentações como a de Lia de Itamaracá no Grande teatro do Palácio das Artes.

BeloriNews – Explique mais o conceito das muvucas e a escolha por este formato

Aline Vila Real – As muvucas artísticas são processos criativos que terão três dias de duração, unindo em 4 grandes grupos 36 artistas de Belo Horizonte, região metropolitana, de outros estados como Bahia, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro para juntos criarem uma obra no festival. Cada grupo conta com a acompanhamento de um muvukêro ou muvukêra, que orquestra a criação.

A escolha por este formato é estratégica e de encontro ao tema do festival que pretende unir artistas, mestres das culturas populares, para celebrar a cultura negra, para em coletivo apresentar a potência da arte negra.

ABERTURA DO 11º FESTIVAL DE ARTE NEGRA DE BELO HORIZONTE – FAN BH


Ojá – Mercado Das Culturas

DJ Fê Linz (BH)

Encontro de Candombes (Candombe da Comunidade Quilombola Mato do Tição, Candombe da Comunidade Quilombola do Açude, Candombe de Nossa Sra do Rosário, de Lagoa Santa);

Guarda de Congo São Benedito e Guarda de Moçambique – Reinado de Nossa Senhora do Rosário do Jatobá;

Coral Vozes de Campanhã – Irmandade do Rosário de Justinópolis;

Caixeiros do Rosário e Maurício Tizumba;                                                    

Samba da Meia Noite.


Data: 4 de dezembro

Horário: A partir das 12h

Local: Mercado da Lagoinha (Avenida Antônio Carlos, 821, Lagoinha)

Programação gratuita

Classificação livre (espaço sujeito à lotação)

LIA DE ITAMARACÁ COM O SHOW “CIRANDA DE RITMOS”

Data: 8 de dezembro

Horário: 21h

Local: Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1537, Centro)

Programação gratuita

Classificação livre

O show terá a tradução em Libras


Dia do Samba no FAN BH

Roda com Fabiana Cozza (SP), Aninha Felipe (MG), Viviane Santos (BH), Diza Franco (BH), Dona Eliza (MG) e  Raquel Seneias (BH).

Programação Parceira  – Circuito Municipal de Cultura

Data: 8 de dezembro

Horário: 16h

Local: Mercado da Lagoinha (Avenida Antônio Carlos, 821, Lagoinha)

Programação gratuita

Classificação livre (espaço sujeito à lotação)


ESPETÁCULO “TRAGA-ME A CABEÇA DE LIMA BARRETO”, COM HILTON COBRA


Data: 6 de dezembro

Horário: 20 horas

Local: Teatro Francisco Nunes (Avenida Afonso Pena s/n)

Classificação indicativa: 14 anos


As retiradas de ingressos serão realizadas de forma online, todas as informações serão divulgadas em breve pelo site oficial: fan.pbh.gov.br

Imagem em destaque: Dona Lia de Itamaracá

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