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Lua Zanella mostra seu talento no novo EP Dama de Paus

by Patrick Ferreira

Cantora mostra seu talento em novo EP, e novo clipe de “Iara”, a mulher trans canta o orgulho LGBTQIA+

A cantora e compositora Lua Zanella, mulher trans belorizontina, lançou o videoclipe da faixa “IARA”’, de seu EP, Dama de Paus, lançado no dia 14 de junho. No clipe, figuras folclóricas dançam em comemoração ao Dia Internacional do Orgulho LGBT, comemorado na data de lançamento do vídeo. Lua Zanella é uma artista representante da cena da música pop LGBTQIA+ de Belo Horizonte.

Mulher trans, que coloca suas vivências nas composições, sem deixar de lado o objetivo principal da arte e de sua música que é de divertir o público e fazê-lo dançar. “É a arte que se manifesta como a principal maneira de nos fazer espairecer e divertir”, afirma a cantora. Na canção, figuras folclóricas como Cuca, o Saci Pererê, o Boto cor-de-rosa e a Matinta Pereira recebem uma homenagem cercada de elementos estéticos urbanos e da cultura drag.

Lua Zanella encarna a “Mula sem cabeça versão travesti” reunindo características da música ao universo folclórico, que já é conhecido por sua diversidade, riqueza de elementos culturais, etnias e identidades. Em “Iara”, Zanella traz a estética do trap para o pop, mesclando os estilos e produzindo um som potente e melódico. O trap, um sub-gênero do rap, se caracteriza por melodias desalinhadas e uso de sintetizadores, além de pautas políticas e sociais em suas letras. O trap de “IARA” representa uma crítica ao patriarcado e a celebração do corpo travesti.

Sobre Lua Zanella

Lua Zanella traz em sua música as múltiplas possibilidades de exploração do entretenimento e divertimento do público, ao mesmo tempo que retrata suas vivências enquanto travesti e discussões políticas acerca do corpo, da heteronormatividade, dentre outros assuntos. Nascida e criada em Contagem/MG, Lua começou sua carreira ao lado do irmão, Vinícius Morais, no duo InMorais.

Com a música “Riqueza Roubada”, Lua e Vinicius foram vice-campeões do Festival da Canção da PUC Minas, em 2019. O primeiro trabalho solo, a música “Popotchão”, foi lançada em 2019 e, no ano seguinte, a faixa “Capeta” deu sequência aos lançamentos da artista. Nela, Lua canta sobre a hipersexualização do corpo trans, como objeto de desejo e fetiche, todavia extremamente marginalizado na sociedade.


Como muitos jovens LGBTQIA+ nascidos nos anos 90, Lua Zanella cresceu ouvindo as divas do pop americano, e tem Lady Gaga como sua artista favorita. Logo, a estética pop influencia a carreira e a música de Zanella, que traz ainda referências de ritmos urbanos, como rap, funk e trap. É na mistura de ritmos e vivências que desponta Lua Zanella, representando a nova leva de artista pop de Belo Horizonte. Com vontade de ver a cena da capital cada vez mais forte e potente, Lua tem
músicas com participações de Paige, Della Vitti, Skato, Alana Fox.

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