A segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou nesta terça-feira (9) a liminar do ministro Ricardo Lewandowski que liberou o acesso da defesa do ex-presidente Lula a mensagens trocadas entre o então juiz Sergio Moro e procuradores da Lava-Jato. Apenas o ministro Edson Fachin defendeu que o uso desse material no processo aguardasse o julgamento do Plenário.
Em nota, Moro lamentou a decisão do Supremo. “Lamenta-se que supostas mensagens obtidas por violação criminosa de dispositivos de agentes da lei possam ser acessadas por terceiros, contrariando a jurisprudência e as regras que vedam a utilização de provas ilícitas em processos”.
Os diálogos envolvendo o ex-magistrado e o então chefe da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, foram obtidos através da Operação Spoofing, que investiga ações de hackers contra autoridades brasileiras. A defesa de Lula quer usar as conversas na ação em que pede a suspeição de Moro em processos da Lava Jato. Ela também poderá pedir a anulação da condenação no caso do sítio de Atibaia, que tornou o ex-presidente inelegível.
